quarta-feira, 30 de março de 2011

Emoções restauradas 2

emoções restauradas

O Poder restaurador do perdão.

Sabemos que a chave para a nossa libertação tá no perdão, sabendo que, a falta dele, dá legalidade a satanás para que ele nos mantenha presos e oprimidos.

Quando somos feridos não perdoamos, entramos por um longo caminho de destruição, pois ferida gera ressentimento, que gera acusação, que gera ódio, engano e por fim perversão.

Quando não perdoamos alguém que nos magoou ou nos ofendeu, é como se impedíssemos o mover de Deus em nossas vidas.

Só através do perdão vamos abrir caminho para o espírito santo trabalhar em nós, restaurando nossa paz e comunhão, quando isso acontecer, nossa vida vai fluir como um rio de águas cristalinas, as coisas começarão a acontecer e a dar certo.

Quando plantamos o perdão, a misericórdia e o amor, começamos a colher a paz de Deus.

Por isso, entender o perdão é tão importante.

Ex: Historia dos amigos

Estavam andando no deserto, tiveram uma discussão, e um amigo deu um tapa na face do outro, então o que recebeu o tapa escreveu na área, “hoje meu melhor amigo me deu um tapa no rosto”. Andando mais um pouco encontraram um oásis, e resolveram se refrescar. Aquele que havia levado o tapa começou a se afogar, e o amigo salvou a sua vida.

Depois de recuperar o fôlego ele escreveu em uma rocha: “hoje meu melhor amigo Salvou a minha vida”.

Curioso, o que deu o tapa e tb salvou a vida do rapaz lhe perguntou: “quando lhe bati, você escreveu na areia, quando salvei a sua vida você escreveu na Rocha, porque?”

O outro respondeu: “quando alguém nos fere, nós deveríamos escrever na areia, onde o vento do perdão pode apagar, mas quando alguém nos faz o bem devemos talhar na rocha, onde nada pode apagar”.

Não podemos fazer justiça porque nós mesmos não somos justos. Sendo todos nós pecadores, não temos o direito de cobrar justiça de quem quer que seja. É por isso que o nosso perdão é meramente esquecer o erro do outro.

Quando eu decido não perdoar, eu também não sou perdoado, pois o perdão de Deus é meramente para aquele que se declara pecador.

Ao negar o perdão eu estou me declarando justo o suficiente para exigir justiça do outro, e então perco a justificação que vem de Deus.

Para que consigamos perdoar, precisamos entender que, o perdão é sempre injusto, pois é imerecido, não importa o quanto a ofensa tenha sido grave, ou a ferida tenha sido profunda, como a de alguém que tenha sofrido abuso sexual durante a infância, nós precisamos perdoar.

Nós não perdoamos porque nos vemos como vitimas e exigimos justiça, a magoa se torna uma fortaleza dentro de nós.

As fortalezas são a base para a atuação de espíritos malignos.

Por isso mesmo, concluímos que não fizemos nada de errado, se alguém está ofendido ou magoado conosco ou nós mesmos magoados com alguém, devemos buscar reconciliação.

No que depender de nós devemos estar em paz com todos os homens (Rm 12.8)

Não devemos esperar que alguém se arrependa antes para so então perdoá-lo.

Jesus e Estevam perdoaram antes que houvesse arrependimento.

Lc 23.34 e At 7.60

Quando erramos queremos que todos entendam que não foi nossa intenção aquele determinado erro, mas ignoramos as justificativas dos outros, exigimos justiça para os outros, mas para nós queremos misericórdia.

Precisamos aprender a sofrer o prejuízo, ninguém nunca perdoa de verdade se não está disposto a sofrer a penalidade do pecado do outro contra ele.

Exemplo:

Se eu quebro um vazo valioso na sua casa, e você me perdoa, você sai perdendo e eu saio livre.

Suponha que eu estrague a sua reputação. Para me perdoar você deve aceitar a conseqüência do meu pecado e deixar que eu fique livre.

Todo o homem que perdoa paga um preço enorme, o preço do mal que ele perdoou.

Quando perdoamos é o momento em que mais nos parecemos com Jesus.

O fato é que temos dificuldade de lidar, viver, praticar, aceitar ou entender o perdão. Para explicar melhor, quero apresentar algumas características que vão facilitar o entendimento dessa realidade em nossas vidas.

1º. Perdão que coloca o outro em uma posição inferior não é perdão.

Muitos dizem “eu perdôo você” estão na verdade dizendo: “eu perdôo as suas ofensas. Daqui por diante teremos um relacionamento baseado no reconhecimento de que você errou e eu sou muito bom, e perdoei você, espero que você saiba ficar devidamente agradecido.”

A pessoa perdoada fica em uma posição de subordinação e nunca mais terá direito de reclamar alguma coisa.

O verdadeiro perdão é dado de graça, sem espera nada em troca. Jamais coloca o outro em uma posição de dívida, jamais se coloca em uma posição de superioridade.

Na verdade Paulo diz em Atos 20.35 que é melhor dar do que receber.

Nós como cristão deveríamos ir além, e entendermos que devemos dar sem esperar receber algo em troca. Porque quando damos, e esperam os algo em troca, já não é uma divida, mas investimento.

Lc 6. 34 e 35.

2º. O Perdão não é perdão quando é unilateral.

Ainda que seja sacrifical e uma prova de amor bem intencionado, o perdão unilateral é solitário, e não é o padrão de Deus.

Em primeiro lugar porque nega a relação

Quando isso acontece à confiança e a liberdade possivelmente não serão restauradas.

Em Segundo lugar, porque nunca restaura completamente o outro que não teve oportunidade de se explicar ou de se arrepender.

Muitas vezes o outro nem sabe em o que lhe ofendeu.

Além disso, o perdão unilateral, sem conversa e reconciliação, demosntra uma das seguintes atitudes:

a. Negativa de Sentimento – “se você deseja viver bem, precisa aprender a ignorar as coisas”

b. Orgulho camuflado – “Se você quer acertar as coisas, precisa resolvê-la Sozinho”.

c. Falta de esperança – “Se você quer algo bem feito, faça você mesmo. Não se pode contar com ninguém. As pessoas nunca mudam, gente é gente.”

d. Julgamento do Outro – “Se eu for ter que esperar a iniciativa dele, vou ter que esperar uma eternidade.” Rotulamos o outro como insensível, fechado e irresponsável e ficamos como bonzinho da história.

e. Defesa contra o outro – é uma maneira de se defender contra as criticas e as justas exigências do outro. É como sempre mais cômodo resolver sozinho.

O Verdadeiro perdão implica em mutualidade e visa a plena reconciliação. O perdão inilateral não tem essas características.

3º. O Perdão não é perdão se não houve esquecimento.

É como ouvimos isto: “Eu perdôo, mas jamais esquecerei o que você fez”. Isso é completamente incoerente. Perdoar é como virar a chave de um cadeado que nunca mais voltamos a ver. Está fechado para sempre.

4º. O perdão não é perdão se não houve sentimento.

Precisamos aprender a expressar nossos sentimentos de raiva e indignação sem incorremos em pecado. É comum ouvirmos coisas do tipo: Você está com raiva depois do que eu fiz?”e outro diz: “Não, estou apenas triste”.

Não haverá perdão genuíno a menos que a pessoa assuma sua raiva, mágoa e indignação. Na verdade, o perdão é uma vitória sobre esses sentimentos.

Se os negamos e dizemos que não o possuímos, então o perdão torna-se uma impossibilidade.

Se não nos ofendemos não há o que perdoar.

5º. O Perdão não é perdão quando não restaura o relacionamento.

“Eu perdôo você, mas não quero ver sua cara nunca mais”. Infelizmente ouvimos isso mais freqüentemente do que gostaríamos.

Se o perdão não implica em uma segunda chance, então não é perdão de Deus.

Naturalmente há situações onde esse relacionamento não pode ser restaurado porque não houve arrependimento ou reconhecimento de erro por parte do outro.

Uma pessoa que foi traída pode e deve liberar perdão sobre qualquer circustancia, mas a restauração da posição depende do arrependimento e abandono do erro. Sem isso não há restauração.

6º. O Perdão não é perdão se é dado apenas uma vez.

Jesus disse que devemos perdoar o nosso irmão (pai, mãe, amigos, esposa, filho etc.) quantas vezes for necessário.

Compreenda como isso pode ser difícil.

Se você me engana uma vez, a vergonha é sua, mas se você me engana uma segunda vez vergonha é toda minha.

O nosso orgulho é muito atingido quando há reincidência de erro na vida do outro.

Só que o verdadeiro perdão é pleno de graça e super abundante de expressão.

Porque resistimos a liberar perdão?

Encontramos pelo menos cinco razoes que nos impedem de liberar perdão na vida das pessoas.

1º porque pensamos que se perdoarmos nos tornaremos “saco de pancada”.

2º porque pensamos que perdoar significa abrir mão da justiça.

3º porque pensamos que perdoar é abrir mão do amor Próprio.

4º porque pensamos que perdoar é ser conivente com os erros dos outros.

5º porque somos egoístas.

O Processo do perdão.

O perdão não depende da emoção. Ficar esperando ficar esperando que o senhor gere em nos uma emoção boa em relação a quem nos ofendeu, para só depois perdoar, é perda de tempo.

O Perdão também não é resultado de um esforço mental.

Pensar que sé possível perdoar, somente se entendermos as causas que levaram alguém a nos ofender não funciona. Há coisas que simplesmente são frutos de maldade, não há como se arrepender.

O perdão não depende de sentir vontade.

Nossa vontade sempre penderá para a vingança.

O perdão contraria a vida da alma, é um exercício de fé: Nós deliberadamente escolhemos algo que contraria nossa natureza terrena e seguimos a direção de Deus em nosso espírito.

O primeiro passo para o perdão é reconhecer a dívida. O problema de muitos é não admitir o ressentimento e a ferida no coração.

Mas, o fato de não admiti-la não significa que ela não estará lá.

A ferida pode existir em nós e estará infeccionando nossa vida.

Existem sintomas que demonstram magoa guardada no coração: Bloqueio e indiferença, perda da espontaneidade, silencio, palavras duras e ríspidas, distanciamento ou isolamento.

Precisamos reconhecer que a amargura é pecado e que não temos o direito de desejar a vingança.

O Perdão é uma decisão e não um sentimento. Uma vez tomada a decisão, os sentimentos virão.

Devemos abandonar todo sentimento de justiça própria e nos reconhecermos como pecadores e, portanto, incapazes de exigir perfeição do outro.

O maior sinal de um coração livre de magoa é a liberação de palavras boas a respeito do outro.

Por isso, devemos abençoar as pessoas.

Abençoar é falar bem e desejar o melhor para o outro.

O rancor e o orgulho é o que nos afasta de uma reconciliação.

Eles destroem o pensamento do perdão.

Existem pessoas que foram estupradas por pais, tios, amigos, namorados.

Pessoas que foram motivo de escárnio o zombaria, rejeitadas, trocadas por outras pessoas, pessoas que vierem de relacionamentos completamente frustrados, pessoas que se converteram e nunca houve um arrependimento genuíno em seus corações, por pior que tenha sido a agressão sofrida ou praticada, nada se compara ao que fizemos a Deus e o que ele fez por nós.

Não há nada que alguém tenha feito para você que não seja maior do que o que você fez para Deus. Da mesma maneira que não merecemos e fomos perdoados, devemos perdoar.

Nossa dívida para com Deus era infinitamente maior que qualquer dívida que alguém possa ter conosco, e se Deus nos perdoou, não temos o direito de não perdoar. Se alguém não perdoa, ela é escrava de um demônio chamado VINGANÇA.

A ação desse demônio consistem basicamente em gerar no coração de quem está machucado o desejo de ver sofrendo a pessoa que errou contra ela.

Apenas o perdão tem poder de quebrar esse laço, mas não podemos nos esquecer dessa trivialidade: aqueles que nos feriram fora m usados por demônios e sabemos que nossa guerra não é contra pessoas, mas é contra espíritos malignos. A liberação do perdão é a chave para manifestação do poder curador de Deus na sua vida, e na vida de qualquer pessoa.

Nesta noite quero orar por você que sabe que precisar ir resolver um problema com alguém, quer essa pessoa seja da igreja ou não. Se vc entende isso e que resolver o problema quero orar por você nesta noite.

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